terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Lu pega filho de Eike Batista e quase vira a subcelebridade do momento

Ontem, antes de ir pro trabalho, passei na casa da Lu pra pegar o meu laptop, que ela pegou emprestado há duas semanas e nunca me devolveu.

Tinha uma multidão de gente na porta do prédio dela. Achei estranho, mas jamais imaginei que teria alguma coisa a ver com ela.

Quando passei pelas pessoas, que estavam plantadas no portão do prédio, descobri que se tratavam de jornalistas.

Repórter 1: Oi, o senhor vai à casa da menina do 301?

Adalberto: Vou. Como é que você sabe?

Repórter 2: Há quanto tempo ela tá namorando o Olin?

Adalberto: Namorando? Minha prima desencalhou? Tá namorando com quem ela?

Repórter 3: O Olin Batista, filho do Eike Batista.

Adalberto: Não. Só pode ser piada, gente. Dos lugares que a minha prima frequenta, os filhos do Eike Batista passam longe.

Repórter 1: Ela tem interesse na cerreira artística?

Repórter 2: Pretende se tornar uma mulher-fruta?

Repórter 3: Tem histórico como maria-chuteira?

Adalberto: Ah, faça-me o favor! Me dá licença, gente.

Que falta de respeito! Subi pro apartamento da Lu cuspindo fogo.

Lu: Primo, eu tou morta. Cheguei quase agora da night.

Adalberto: Eu sei. a imprensa tá toda lá embaixo, atrás de você.

Lu: Como assim?

Adalberto: Lu, você ficou com o Olin Batista?

Lu: Eu? quem é essa pessoa?

Adalberto: O filho mais novo do Eike Batista com a Luma de Oliveira.

Lu: Por que você tá me perguntando isso?

Adalberto: Porque todos os jornalistas tão aqui no portão do teu prédio querendo saber.

Lu: Meu Deus, mas eu não fiquei com ninguém. Só dei um beijo numa bibinha.

Adalberto: Como assim?

Lu: Eu apostei com as minhas amigas que, quem não pegasse ninguém, beijaria uma bibinha que estava lá se fazendo de homenzinho.

Adalberto: E como era essa bibinha?

Lu: Loirinha, pele bem rosinha, nem baixa nem alta, cabelo liso boi lambeu, camisa e calça juntinha.

Adalberto: Cara, você me descreveu o Olin Batista.

Lu: Eu fiquei com o filho do Eike Batista, então?

Adalberto: Ficou.

Lu: Mas ele é gay?

Adalberto: Não, mas parece.

Lu: E agora?

Adalberto: Não sei. Só vim aqui buscar o meu laptop, antes que você ache que ele é seu.

Lu: Primo, para. Você vai ficar aqui pra me tirar dessa. Lá fora tá muito cheio?

Adalberto: Dá uma olhada ali, da janela.

Lu: Senhor, o que é isso? Adal, o que eu faço?

Adalberto: Não sei. Diz que você só dá entrevista pra Luciana Gimenez

Lu: Comeu banana? Tu acha mesmo que eu vou na Luciana Gimenez, dizer que eu peguei o filho do Eike Batista, achando que era uma bibinha?

Adalberto: Foge pelos fundos, então, e deixa uma carta, dizendo que você é a Eliza Samudio.

Lu: Tu tá maluco mesmo, né? Aí que não vão mais sair da porta da minha casa.

Adalberto: Lu, eu tenho que trabalhar.

Lu: Já sei, vem cá comigo.

A Lu me pegou pelo braço e me arrastou pra fora do prédio. Desci morrendo de medo.

Lu: Gente, chega aqui, por favor.

E todos os jornalistas se concentraram ao nosso redor.

Lu: Olha só, vocês devem ter feito confusão. Eu não fiquei com filho de Eike Batista nenhum. Eu fiquei com ele aqui.

Adalberto: Comigo?

Lu: Fiquei! Só que ele estava com a peruca loira, que ele costuma sair pra não ser reconhecido na noite. Aí, como estava tudo escuro, alguém deve ter achado que ele era o Eike Batista. Mas o nome dele é Adalberto, ele é casado e a mulher dele morre de ciúme.

Adalberto: O quê?

Lu: É isso mesmo! Você é casado há dez anos. Não se faz de louco, não? Agora, graças a vocês jornalistas, a pobre coitada da mulher dele vai descobrir tudo.

O pior de tudo é que todos os jornalistas acreditaram nela. E foram embora desolados, porque a "grande" notícia do dia não era "verdade".

Subi pro apartamento da Lu, querendo enterrar a minha cara no chão.

Adalberto: Você é retardada?

Lu: Desculpa, primo. Se eu contasse pra você, eu sei que você não ia deixar eu fazer isso.

Adalberto: Claro que não. Você bebeu? E agora? E a minha reputação?

Lu: Ha-ha-ha. Reputação? Você? Primo, faz o seguinte: liga pro teu trabalho, inventa mais uma dor de barriga e vamos encher a cara e, depois, você pensa na sua reputação.

O pior é que eu fiz o que ela mandou. E jamais voltei a me preocupar com a minha reputação. Mas com a ressaca, que resolveu me castigar feio...

Nenhum comentário:

Postar um comentário