Na segunda-feira, quando botei os meus pés no trabalho, a Sara me ligou:
Sara: Conhece algum nome próprio masculino, com alguma semelhança a qualquer coisa relacionado a carro?
Adalberto: Hã?
Sara: Nome de homem que lembre alguma coisa de carro.
Adalberto: Sara, eu entendi o que você falou. Só não tô conseguindo fazer link disso com algum propósito.
Sara: Eu parei de treinar direção com o Oswaldo.
Adalberto: Eu te falei que aprender a dirigir com parente não dá certo. Antes de eu entrar pra auto-escola, eu treinei um dia com o meu pai e a gente quase se matou.
Sara: A gente quase terminou, por causa da baliza.
Adalberto: Mas é difícil mesmo. Até hoje, eu aplico as regrinhas que aprendi na auto-escola pra estacionar. Minha irmã já vai na intuição mesmo. E sempre acerta.
Sara: O problema não é a baliza, mas a Beliza.
Adalberto: Quem é Beliza?
Sara: Uma ex do Oswaldo. Você acredita que ele teve a coragem de me falar que sempre que alguém fala de baliza, ele lembra da Beliza?
Adalberto: Acredito.
Sara: Adal, você tá sabendo de alguma coisa?
Adalberto: Ah, Sara, não começa. Já te falei 300 mil vezes, que eu não tomo conta da vida do teu marido.
Sara: Então, primo, me fala o nome de alguma peça de carro, uma manobra, sei lá, qualquer coisa que lembre um nome masculino.
Adalberto: Babe, eu acabei de chegar no trabalho, tô cheio de sono.
Sara: Qual o problema?
Adalberto: A essa hora do dia, eu não sei nem quem eu sou.
Sara: Me ajuda, Adal. Eu começo na auto-escola hoje e preciso inventar um nome pro meu instrutor, e ficar falando dele toda hora, quando estiver no carro com o Oswaldo. Só pra ele ver como é bom...
Adalberto: Sarita, não faz guerra. Faça amor. Faça amor dentro do carro, pronto!
Sara: Com o instrutor da auto-escola?!
Adalberto: Não! Com o Oswaldo.
Sara: Ele não tá merecendo.
Adalberto: Garanto que essa recordação vai ser muito mais marcante pra ele do que a da baliza.
Sara: Ai, sei lá. Não tenho coragem.
Não tinha. Hoje, ela me ligou no mesmo horário:
Sara: Brigamos.
Adalberto: Por quê?
Sara: Nós transamos, ontem, dentro do carro na Praia da Reserva.
Adalberto: Peraí, vocês brigaram ou transaram.
Sara: As duas coisas.
Adalberto: Não foi bom?
Sara: Ai, Adal, isso não é coisa que se pergunte.
Adalberto: Então qual foi o motivo da briga?
Sara: Quando a gente estava indo embora pra casa o pneu furou. O Oswaldo foi pegar o estepe na mala, e, quando ele estava levantando o carro, eu tive a infelicidade de falar que o macaco é fundamental.
Adalberto: Mas é mesmo. Sem ele, não se consegue trocar o pneu.
Sara: Mas "Macaco" é como o meu instrutor da auto-escola é conhecido.
Adalberto: E o Oswaldo sabe disso?
Sara: Claro. Eu só falo do micos que eu pago no trânsito com ele, e que o Macaco merece ir pro céu por me aturar, que o Macaco isso, que o Macaco é aquilo...
Adalberto: Amore, antes ele se irritar com o Macaco, do que você se estressar com a baliza.
Ou em outras palavras: Pimenta no cu dos outros é refresco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
To amando!!!!!!!
ResponderExcluirjura? que bom! lê aí e me diz com qual das quatro vc se parece mais.
ResponderExcluirbeijo!