sábado, 15 de setembro de 2012

Polícia encontra sujeito que bateu no carro de Ane, que descobre que o serviço já estava pago

Quando a Ane voltou da delegacia, a primeira coisa que ela fez foi me ligar. Ela tinha ido lá, porque encontraram o sujeito que bateu no carro dela estacionado e fugiu.

Adalberto: E aí?

Ane: Ele não vai pagar o serviço.

Adalberto: Como assim? Ele bateu no seu carro, Ane! Isso está errado! Que Polícia de bosta é essa? Eu vou lá na delegacia agora fazer um escândalo!

Ane: Adal, menos! Até parece que você é barraqueiro assim.

Realmente, parecia que eu tinha incorporado um espírito histérico ensandecido.

Ane: O serviço já foi pago. 

Adalberto: Ué, então, é você que está de palhaçada com a minha cara? Tem algum idiota aqui?

Eu continuava escrachado.

Ane: Não, Adal, ele já tinha pagado o serviço mesmo antes de bater no meu carro.

Adalberto: Ah, é? Então, pergunta para ele se o Brasil vai ganhar na Copa de 2014 para eu saber se eu fico aqui ou aproveito os meus dias de folga no exterior... Como que ele pagou o serviço antes?

Ane: O tal cara é o Ademízio, você acredita?

Adalberto: Mentira! 

Ane: Sério. Ele me chamou num canto na delegacia e disse que o serviço já tinha sido pago, porque ele já tinha transado comigo vários vezes sem cobrar nada.

Adalberto: Mas ele transou de graça porque ele quis. Você mesma disse que ele estava pensando em namorar com você. Ia te sair caro essa namoro, hein...

Ane: Ai, Adal, eu preferi deixar para lá, sabe? O Ademízio é meio sinistro, tem uns amigos meio perigosos, mal encarados. E além dele saber muito da minha intimidade, eu tenho medo dele mandar fazer alguma coisa contra a minha família. Esqueceu que ele conheceu você, Lu, Sara e Marjorie? Imagina o estrago...

Morri de medo! Mas contive o cagaço...

Adalberto: É... Melhor deixar para lá mesmo. Quem dá aos pobres empresta a Deus. Pensa assim...

Ane: Verdade... Adal, deixa eu ir lá. O Ademízio chegou aqui.

Adalberto: Ué, o que você vai fazer com ele na sua casa?

Ane: Vou dar para um pobre. E emprestar para Deus.

Adalberto: Ane, você não vale nada. Acabou de dizer que o cara é meio sinistro...

Ane: Disse. Mas ele me ofereceu um programa-cortesia, e eu não vou dispensar. No fim das contas, com essa história de batida de carro, quem está saindo no lucro sou eu, meu bem. Beijo.

Essa só tem carinha de boba...

Nenhum comentário:

Postar um comentário